Por que os favoritos à Copa jogaram tão mal? Eis as respostas...

Por: Top / Buzz
19/06/2018 - 01:55:46

Por: Fellipe Málaga

Os poderosos da Copa do Mundo sucumbiram na primeira rodada. Para alguns o resultado positivo até apareceu, para outros nem isso. Para um, em especial, a estreia foi ainda mais frustrante.

Porém, o resumo da ópera é: nenhum favorito apresentou um bom futebol nesse início de Mundial. Nenhum. Ninguém. Como é nada é por acaso nessa vida, saberemos a razão disso.

A Celeste

O Uruguai debutou no segundo dia de competição contra o enfraquecido Egito, sem seu faraó Mohamed Salah, ainda fora das condições ideais de ajudar em campo. Um jogo sem graça, sem inspiração e com um gol celeste no último minuto, amenizando o que seria um fiasco.

Atuação digna de reprovação da turma de Suárez e Cavani.

Os blues

Se existe uma seleção que deve agradecer e muito à tecnologia é a França. Um pênalti marcado à custa do VAR e um gol validado com auxílio do mecanismo que avisa quando a bola ultrapassa a linha fatal. Só assim foi possível bater a contestável Austrália.

Futebol mesmo, de verdade, os comandados de Deschamps ficaram devendo. E Muito.

A Fúria

Chegamos à Espanha, estremecida pela demissão de seu treinador, que encarou Portugal, de Cristiano Ronaldo, uma espécie de LeBron James de laquê, por se tratar de um gênio levando um time inteiro nas costas.

Depois de uma partida extremamente movimentada e competitiva, a Fúria deixou transparecer fragilidades futebolísticas e psicológicas, cometeu erros infantis, cedeu o empate e não jogou o que se espera.

Iniesta, o craque do time, não foi nem sombra do que se espera.

Os Hermanos

A Argentina, na teoria, era quem tinha o caminho mais tranquilo. A inexpressiva Islândia, que nunca disputou um Mundial antes, não pararia uma bicampeã do mundo. Era o pensamento até a rolar a redonda.

O astro Lionel Messi e sua companhia albiceleste se depararam com um verdadeiro iceberg quase instransponível, guerreiros vikings movidos por sonho e valentia. Com direito a goleiro herói e tudo mais, o empate deixou os argentinos cabisbaixos.

Futebol de baixíssima qualidade.

A Campeã

Cheia de expectativa e elevada ao patamar de galáctica, a Alemanha foi desbancada pelo México. Único que perdeu entre os favoritos, o time alemão mostrou facetas até então desconhecidas: desorganização, impaciência e imprecisão.

Joachim Löw viu sua sólida estrutura tática desmoronar diante de um arrojado e destemido adversário, que abusou das chances desperdiçadas, deixando a passar a chance de fazer um estrago até maior.

A Alemanha lembrou suas formações “quadradas”, limitadas e sem brilho de outrora. Ficou devendo demais!

A Amarelinha

Eis que diante de um cenário tão favorável (já que seus principais concorrentes patinaram), o Brasil parecia ter uma estrada bem pavimentada para sair ainda mais fortalecido da rodada inicial. Parecia. Só parecia. Na prática a teoria é bem diferente, já diria o poeta.

Falta de concentração, de ímpeto ofensivo, de improviso, do talento individual de algumas peças. Uma atuação insossa, acinzentada, engessada, sem a cara do Brasil. Ficamos no empate com os suíços.

Por que nenhuma seleção de peso demonstrou algo vistoso?

A resposta pode estar em vários pontos a serem analisados. Vários.

1. O Mundial ocorre em final de temporada para o resto do planeta (menos para quem atua no Brasil), a capacidade física da grande maioria dos atletas está defasada. Musculatura fadigada, cansada, precisando de repouso;

2. A superioridade reverberada antes da Copa pode ter causado um certo desleixo com relação aos perigos adversários, considerados inferiores em todos os casos. O famoso salto alto;

3. Será que a vantagem era tão grande assim? Existe mesmo todo esse favoritismo e, consequentemente, um abismo futebolístico cantado em prosa e verso pelo mundo inteiro?

4. Quem se preparou sem pressão pôde jogar mais tranquilo, longe da responsabilidade de ser protagonista na disputa. Isso influencia demais, acreditem;

5. Defesas bem postadas, compactadas, que dificultaram a penetração. Defender é mais fácil que atacar, chutar pra longe é mais simples que chutar pro gol, já diria um certo treinador mais antigo;

6. O peso da estreia parece ter afetado a todas as seleções conceituadas como postulantes à taça, é um fato, e não pode ser desprezado.

Justifica o futebol ruim visto na primeira rodada? Pelo sim e pelo não fica o debate.

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