Por: Bento Quinto
Entrevistado pelo repórter Bento Quinto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) do Município de Eunápolis, Tico Lisboa, ressalta que um setor abraçado por essa instituição com força e lutas é o de assalariados.
Nesses 30 anos de existência da entidade o sindicalista lembra que desde 1995 o STTR vem negociando melhorias a favor dos assalariados do campo e da Cidade onde muitos profissionais dessa categoria trabalham escritórios e nas bases.
"Em 1995 começamos a negociação da nossa primeira campanha salarial e a fechamos em 98, três anos depois", declara o líder sindical, acrescentando que "hoje estamos caminhando para fecharmos nossa vigésima primeira campanha salarial e iniciarmos nossa vigésima segunda". São, portanto, 22 acordos salariais fechados pelo nosso Sindicato em 22 anos de trabalho ininterrupto, explica. "Na verdade o STTR vem negociando a favor dos trabalhadores desde a época em que a VERACEL CELULOSE era denominada de VERA CRUZ FLORESTAL entre meados de 91 e o ano de 92".
O Sindicato tem hoje cinco acordos coletivos de trabalho, sendo o primeiro deles com a Veracel. Aí somam-se os que estão em andamento junto às prestadoras KTM, SOLLUM, TREVO, TEC PONTA, podendo-se incluir a FLATA, que chegou recentemente.
O STTR tem negociações específicas para acordos salarial com as empresas EQUILÍBRIO, TECNOPLANT e TEC SOLO.
Tico Lisboa, diz ainda que desde 2013 "estamos com a campanha salarial unificada da cafeicultura, sendo que já tivemos duas rodadas de negociações com os produtores de café, mas estamos tendo dificuldade em negociar com eles porque é um setor muito fechado", explica. "Já levamos o caso ao Ministério do Trabalho (MTE) que entrará como mediador", acrescenta.
Temos também a convenção coletiva de trabalho abrangendo os 21 municípios do extremo sul da Bahia. "Em último caso pediremos a intervenção da Justiça do Trabalho", diz o presidente do STTR declarando que não é possível que um setor tão próspero e sem crise alguma como é a cafeicultura, continue fugindo do dever de negociar melhor remuneração para os trabalhadores e trabalhadoras.