Por: G1 Itapetininga e Região
Trilhas, cavernas, fauna e flora nativas e muito “ar puro” são algumas das atrações do Parque Intervales, área de preservação da Mata Atlântica entre Ribeirão Grande (SP), Guapiara (SP), Sete Barras (SP), Iporanga (SP) e Eldorado (SP). O local foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade em 1999 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) , sendo uma das principais opções de passeio na região de Itapetininga (SP).
O parque tem 41.700 hectares, o equivalente a aproximadamente 58,4 mil campos de futebol. É a maior área contínua de Mata Atlântica do país, conta o gestor do parque, Thiago Conforti. “O parque está situado no coração da Serra de Paranapiacaba, e a serra é um dos poucos locais no estado de São Paulo, talvez junto com o Vale do Ribeira, que mantém uma vegetação de Mata Atlântica muito bem conservada.”
Ainda segundo o gestor, por ano aproximadamente 2 mil pessoas vão ao local para observar aves. A maioria dos turistas vem do exterior, diz ele. “A gente recebe quase 2 mil turistas observadores de aves por ano e mais da metade desse número são estrangeiros. Então, vem gente aqui da Dinamarca, Japão, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha. De tudo o que é lado atrás da diversidade de aves”, afirma.
Além dos pássaros, árvores nativas também se destacam. É possível encontrar frutas mais comuns como goiaba e jabuticaba, ou até frutas nativas, mais raras, como o cambuci e araçá. Quem vai ao parque pode experimentar também morango silvestre. “O nome científico do morango silvestre é robus rosifolius. Ele pode ser consumido sem preocupação nenhuma”, comenta o pesquisador José Roberto Martins.
O pesquisador Martins, aliás, está realizando um estudo para mapear as árvores frutíferas do parque. “A Mata Atlântica também é rica em frutas. Eu estou mapeando e em um período não muito longo eu já consegui cadastrar 52 árvores frutíferas”, diz.
Quem prefere aventura pode optar por trilhas ou conhecer alguma caverna. Uma das cavernas, chamada de Gruta Colorida, atrai os turistas pela beleza. Isso porque a ação do tempo causou mudanças na coloração das "paredes" e as infiltrações de água na rocha calcária fazem as pedras em um trecho da Gruta Colorida conhecida como horta parecerem até mesmo couve-flor.
Contudo, para o gestor Thiago, mais importante que o motivo da visita ao parque é a consciência de que só a preservação poderá manter essa área como um patrimônio da humanidade. "A região da Serra de Paranapiacaba, por conta dessa vegetação conservada, desse patrimônio de Mata Atlântica conservado, recebeu em 1999 o título da Unesco de Patrimônio Natural da Humanidade", diz.
