Dia foi de valorização generalizada no mercado futuro
Por: Raphael Salomão
São Paulo
As commodities agrícolas negociadas em Nova York encerraram a sexta-feira (13/10) em alta. Os destaques do dia foram o café e o açúcar, com altas mais expressivas na sessão. O cacau, que chegou a iniciar os negócio em queda, mudou de posição e também encerrou encerrou a semana no terreno positivo.
No mercado de café arábica, os lotes para dezembro de 2023 fecharam valendo US$ 1,5490 por libra-peso, com ganhos de 3,75%. Março de 2024 ajustou para US$ 1,5515, valorização de 3,43%.
A atenção do mercado, de um modo geral, segue no Brasil, maior produtor e exportador mundial de café. Com as baixas recentes, produtores brasileiros deixaram de vender, esperando por uma melhora nos preços, ressalta publicação do site Barchart. A situação mantém o cenário de oferta restrita, ajudando a sustentar os preços.
À Reuters, analistas ressaltaram também a influência do cenário macroeconômico sobre o mercado de commodities em Nova York, diante de sinalizações do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, de que o ciclo de alta de juros pode ter chegar ao fim.
“Os operadores também disseram que fundos começaram a cobrir posições vendidas, enquanto persistem preocupações de que o evento climático El Niño possa prejudicar a produção no Sudeste Asiático”, informou a agência.
Ainda segundo a Reuters, as preocupações com o clima está entre os fatores que levaram a uma alta do açúcar, nesta sexta-feira (13/10). A avaliação de que o El Niño possa influenciar a produção de países importante, como índia e Tailândia, ajudou a dar sustentação aos preços.
Neste cenário, o açúcar para março de 2024 fechou valendo 27,03 centavos de dólar por libra-peso (+2,58%). Para maio de 2024, a cotação da commodity ajustou para 25,64 centavos de dólar por libra-peso (+2,14%).
A guerra entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio, é ponto de atenção do mercado, especialmente pela sua influência no mercado internacional de petróleo. Avanços nos preços do óleo influenciam a cadeia, já que afetam a competitividade de biocombustíveis, como o etanol, com possíveis efeitos sobre o mix das usinas sucruenergéticas.
No Brasil, maior produtor mundial, pelo menos por enquanto, a avaliação de especialistas é de que o açúcar se manterá como protagonista. Quebras de produção em importantes concorrentes da indústria brasileira, como indianos e tailandeses, acentuam um cenário positivo para os preços internacionais da commodity.
Nesta sexta-feira (13/10), o petróleo encerrou com forte alta, sustentado pela situação no Oriente Médio e pelo anúncio de novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. O tipo Brent, referência para o mercado global, subiu 5,68%, para US$ 90,89 o barril para dezembro. O tipo WTI, referência para os Estados Unidos, subiu 5,56%, para US$ 86,35.
A sexta-feira foi de alta também para o algodão em Nova York. O contrato com vencimento em dezembro de 2023 ajustou para 86,06 centavos de dólar por libra-peso (+1,34%). Os lotes para março de 2024 terminaram cotados a 87,77 centavos de dólar por libra-peso (+1,28%).
O suco de laranja para novembro de 2023 encerrou os negócios valendo US$ 3,8590 por libra-peso (+0,17%). Os lotes para janeiro de 2024 fecharam a US$ 3,7025 (+0,71%).
E o cacau, depois de abrir o dia em baixa, subiu. O contrato para dezembro terminou a sessão cotado a US$ 3.499 por tonelada (+0,26%). O vencimento março de 2024 fechou a US$ 3.525 (+0,26%).