O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil anunciou uma série de medidas destinadas a fortalecer a proteção contra a febre aftosa, após a decisão de suspender a vacinação contra a doença. Esta mudança estratégica faz parte do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa e representa um marco significativo nas políticas de saúde animal do país.
Com o fim da vacinação, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos, distribuídos em aproximadamente 3,2 milhões de propriedades rurais, deixarão de ser vacinados como parte do esforço para controlar e erradicar a febre aftosa. Esta decisão reflete a confiança nas ações de vigilância, prevenção e controle da doença, bem como o reconhecimento do progresso alcançado pelo Brasil na garantia da sanidade animal.
Para garantir a eficácia dessa nova abordagem, o Mapa definiu três eixos principais que nortearão as próximas ações:
Vigilância e Monitoramento Constante: O ministério implementará medidas rigorosas de vigilância epidemiológica e monitoramento para detectar precocemente qualquer sinal de circulação do vírus da febre aftosa. Isso incluirá a intensificação das inspeções em propriedades rurais, postos de fronteira e áreas de risco, bem como aprimoramentos nos sistemas de notificação e resposta rápida a eventuais surtos.
Educação e Conscientização: Serão realizadas campanhas de educação e conscientização dirigidas a produtores rurais, trabalhadores do campo, veterinários e demais profissionais envolvidos na cadeia produtiva da pecuária. O objetivo é enfatizar a importância da adoção de boas práticas de manejo, biosseguridade e biossegurança, bem como promover o engajamento ativo na prevenção da febre aftosa e outras doenças de interesse sanitário.
Fortalecimento da Infraestrutura e Capacidade Operacional: O Mapa investirá na melhoria da infraestrutura laboratorial e operacional, capacitando profissionais e modernizando equipamentos para garantir diagnósticos precisos e ágeis. Isso inclui a expansão e aprimoramento dos laboratórios de diagnóstico, aquisição de tecnologias de ponta e treinamento de técnicos em todas as regiões do país.
Essas medidas refletem o compromisso do governo brasileiro em assegurar a sanidade e a competitividade do setor agropecuário nacional, protegendo não apenas a saúde dos animais, mas também a economia do país, que depende em grande parte da produção e exportação de produtos agropecuários.
Embora a suspensão da vacinação contra a febre aftosa represente um passo corajoso e desafiador, o Ministério da Agricultura está confiante de que, com essas ações integradas e uma cooperação contínua entre os setores público e privado, o Brasil será capaz de manter seu status como um país livre da doença, fortalecendo ainda mais sua posição como um dos principais players do agronegócio global.
Fonte: Brasil 61