Por: Urbino Brito
O mercado brasileiro do café iniciou o mês de agosto em ritmo de valorização. Nesta sexta-feira (1º), a saca de 60 quilos do café arábica está sendo negociada a R$ 1.811,87 na cidade de São Paulo, após uma alta de 0,83% no dia, segundo dados divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
O avanço no preço do arábica reflete um conjunto de fatores que vêm influenciando o mercado, como a preocupação com o clima em regiões produtoras, a oscilação do dólar frente ao real, e o aumento da demanda por cafés de melhor qualidade tanto no mercado interno quanto externo.
Além disso, a colheita da safra 2025 avança de forma desigual, com relatos de grãos menores e produtividade abaixo da média esperada em algumas áreas, o que pode estar contribuindo para a valorização do produto nas praças de comercialização.
O café robusta, cultivado principalmente no Espírito Santo e em Rondônia, também apresentou valorização nesta sexta-feira. A alta foi mais sutil, de 0,13%, com a saca sendo negociada a R$ 1.028,45.
Apesar da variação discreta, o robusta mantém preços firmes e vem ganhando espaço no mercado internacional, especialmente para abastecer indústrias de café solúvel. O bom desempenho da variedade também é impulsionado pela boa qualidade da safra capixaba e pela estabilidade da oferta no mercado.
Com a alta nos preços, os cafeicultores acompanham o mercado com mais otimismo, mas ainda com cautela. As condições climáticas nos próximos meses, especialmente em relação à florada do arábica, serão determinantes para definir o rumo das cotações.
Exportadores também estão atentos às movimentações logísticas e à demanda global, especialmente da Europa e da Ásia, que influenciam diretamente os preços praticados no Brasil.