Por: Urbino Brito
O mercado de café abriu a terça-feira, 16 de setembro de 2025, em ritmo de valorização, refletindo o aquecimento da demanda e as incertezas climáticas que continuam a influenciar a produção. Os dois principais tipos da commodity, arábica e robusta, apresentaram elevação significativa nas cotações, reforçando a importância do grão brasileiro no cenário econômico.
De acordo com dados do CEPEA/ESALQ, o café arábica, negociado em São Paulo, registrou alta de 1,29% e abriu o dia com a saca de 60 quilos cotada a R$ 2.376,04. O resultado mantém a tendência de recuperação observada nas últimas semanas, em meio a um mercado atento tanto às variações cambiais quanto às condições das lavouras.
Já o café robusta teve desempenho ainda mais expressivo. A saca iniciou o dia sendo comercializada a R$ 1.477,18, após um avanço de 3,94%. Essa valorização reforça a crescente busca pelo grão, que vem ganhando espaço não apenas no consumo interno, mas também nas exportações, devido à sua versatilidade na indústria de solúveis e misturas.
Além dos números, especialistas apontam que a recente alta pode estar ligada às previsões de clima irregular em importantes regiões produtoras, fator que levanta preocupações sobre a oferta futura. Ao mesmo tempo, a demanda global segue firme, sustentada por países tradicionalmente consumidores e pelo crescimento do mercado de cafés especiais.
Para produtores, as cotações em alta representam um alívio frente às oscilações anteriores, oferecendo melhores margens de comercialização. Já para o consumidor final, o movimento tende a pressionar os preços no varejo, especialmente em cafés de maior qualidade.
O cenário reforça o papel estratégico do café brasileiro, tanto no abastecimento interno quanto no mercado externo, e deixa claro que as próximas semanas serão decisivas para a consolidação dessa tendência de alta.
Fonte: CEPEA/ESALQ