Por: Redação / NC
A agricultura sintrópica é um sistema agroflorestal desenvolvido pelo suíço Ernst Götsch. É uma abordagem que busca imitar os padrões e processos naturais dos ecossistemas para criar sistemas agrícolas produtivos e sustentáveis.
A ideia central da agricultura sintrópica é estabelecer uma sucessão de plantas de diferentes estratos e ciclos de vida, de forma a promover a diversidade e a interação entre as espécies. Essas interações são planejadas de modo a beneficiar as plantas cultivadas e, ao mesmo tempo, regenerar e melhorar o solo.
No sistema sintrópico, é comum começar com a plantação de árvores de crescimento rápido e grande porte, que fornecem sombra e criam um microclima favorável para as culturas de menor porte. Essas árvores também podem ser utilizadas para produção de madeira, frutas ou outros produtos. Em seguida, são adicionadas camadas de plantas arbustivas, herbáceas e rasteiras, formando uma estrutura diversificada.
A agricultura sintrópica busca promover a regeneração do solo, o aumento da biodiversidade, a conservação da água e a produção de alimentos de maneira sustentável. Além disso, esse sistema pode ser aplicado em diferentes tipos de solo e clima, adaptando-se às condições locais.
A abordagem sintrópica difere dos sistemas convencionais de agricultura, nos quais são comuns a monocultura, o uso intenso de agroquímicos e a degradação do solo. A agricultura sintrópica procura criar sistemas resilientes, que possam se autoalimentar e se autorregenerar ao longo do tempo, reduzindo a dependência de insumos externos.
Embora a agricultura sintrópica tenha sido desenvolvida por Ernst Götsch, ela tem sido adotada e adaptada por agricultores em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil, onde tem ganhado destaque como uma alternativa agroecológica e sustentável.
