Por: Urbino Brito
Um ataque devastador atingiu o Líbano nesta terça-feira (17), após a detonação simultânea de milhares de pagers pertencentes ao Hezbollah. A explosão resultou na morte de oito pessoas e deixou mais de 3.000 feridos, incluindo combatentes do grupo e o enviado iraniano em Beirute. A operação, que abalou o país, foi atribuída à agência de espionagem israelense Mossad, revelando uma violação de segurança sem precedentes contra o Hezbollah.
Fontes de segurança libanesas informaram que, meses antes das detonações, o Mossad teria infiltrado explosivos em cerca de 5.000 pagers importados pelo Hezbollah, os quais foram ativados simultaneamente em várias regiões do Líbano. A ação não apenas expôs as fragilidades tecnológicas do grupo, mas também causou grande destruição em áreas civis e militares.
O ataque não se limitou aos combatentes do Hezbollah, atingindo também a população civil. Entre os feridos estão centenas de pessoas que estavam próximas às áreas afetadas, incluindo o alto enviado do Irã à capital libanesa. O uso de tecnologia avançada e a natureza coordenada da operação sinalizam o nível de sofisticação da ação, que foi rapidamente associada à longa rivalidade entre o Hezbollah e Israel.
Essa ação inédita coloca em questão a segurança do Hezbollah, um dos principais grupos políticos e militares do Líbano, que já enfrenta pressão tanto interna quanto externa. A incapacidade de detectar a sabotagem antes do ataque pode levar a uma reformulação em suas medidas de segurança, além de acirrar as tensões com Israel.
Até o momento, o Hezbollah não emitiu um pronunciamento oficial detalhado sobre o ataque, mas fontes próximas ao grupo sugerem que uma resposta deve ser inevitável, aumentando o risco de um conflito mais amplo na região. Especialistas acreditam que o incidente pode marcar uma nova fase na guerra de inteligência entre o Hezbollah e o Mossad, abrindo espaço para mais retaliações.
O cenário no Líbano, já fragilizado por crises econômicas e políticas, agora enfrenta um novo desafio, que ameaça desestabilizar ainda mais a região. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada das tensões, temendo as consequências de um novo ciclo de violência.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/