Segundo o prefeito da cidade, houve um vazamento de água na calha da barragem Casa de Pedra
Por: Simon Nascimento
Após um possível vazamento de água em um dos diques da mina Casa de Pedra, em Congonhas, na Região Central de Minas, no final de semana, a CSN Mineração anunciou, nesta segunda-feira (10), a suspensão temporária das atividades de extração e movimentação no local. O problema, segundo moradores da cidade, teria ocorrido no dique sela da barragem Casa de Pedra, uma das maiores estruturas de contenção de rejeitos localizadas em área urbana.
Segundo a empresa, a suspensão ocorreu devido aos registros de chuva forte na cidade nos últimos dias. O anúncio foi feito em um comunicado enviado a investidores, em que a CSN Mineração e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informaram que vão adotar “todas as medidas necessárias para a manutenção de sua operação, respeitando os cuidados necessários para garantir a segurança dos empregados e das comunidades”.
A CSN ainda diz que espera retomar as atividades, de maneira gradual, nos próximos dias se houver condições climáticas favoráveis. No comunicado, a companhia ainda diz que a operação portuária de carregamento de minério no Terminal de Carvão em Itaguai, no Rio de Janeiro, também foi suspensa “em virtude do alto grau de umidade verificado no local”.
Fiscalizações
A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que realizou uma vistoria na barragem Casa de Pedra, mas ainda não há um balanço do que foi verificado. “Entretanto, ressaltamos que, até o presente momento, nenhuma situação de anormalidade foi verificada na estrutura”, salientou a ANM.
Em vídeo publicado no site da prefeitura de Congonhas, o prefeito Cláudio Antônio de Souza informou que houve um vazamento de água na calha da barragem. O fato, conforme o chefe da administração municipal, teria ocorrido no sábado. “Não compromete a segurança da barragem, segundo técnicos da CSN”, disse o prefeito.
Souza ainda informou que uma equipe da Defesa Civil de Congonhas vai fazer uma vistoria in loco para apurar a situação. “Não há nada que venha provocar insegurança. Vamos aguardar o laudo da ANM e a visita técnica do município para consolidar esses dados”, acrescentou.