Por: Urbino Brito
Segunda feira (20/10) - O preço do boi gordo manteve sua trajetória de alta no estado de São Paulo, com a arroba cotada a R$ 301,95, um aumento de 0,55% em relação ao fechamento anterior. Esse crescimento reflete o cenário de valorização contínua desde a semana passada, impulsionado pela oferta restrita de animais prontos para o abate e a demanda firme tanto no mercado interno quanto para exportações.
O mercado bovino vive um momento de forte expectativa, já que a oferta de animais terminados segue ajustada. Com a entrada de outubro, há uma demanda sazonal maior por carne, o que também pressiona os preços para cima. Analistas indicam que o ritmo das exportações de carne bovina, especialmente para a China, tem sido um dos fatores cruciais para manter os preços em alta.
Além do boi gordo, o setor de suínos apresentou uma movimentação mais diversa. A carcaça suína especial, após registrar altas sucessivas nas últimas semanas, recuou e fechou cotada a R$ 13,13 no atacado da Grande São Paulo. Esse recuo pode ser reflexo de uma leve desaceleração na demanda por carne suína em algumas regiões, somada ao aumento da oferta.
Enquanto isso, os preços do suíno vivo se mantêm estáveis. Em Minas Gerais, o quilo do animal vivo continua cotado a R$ 8,96. Já no Paraná, o valor é de R$ 8,72, e em Santa Catarina, importante polo produtor, o preço permanece em R$ 8,50. Esses valores reforçam a estabilidade do mercado suinícola, que segue atento às variações do consumo e à reposição de estoques no varejo.
Perspectivas para o mercado
Com as festividades de final de ano se aproximando, há uma expectativa de aumento no consumo de carnes, o que pode continuar pressionando os preços para cima, especialmente no setor bovino. No entanto, fatores como os custos de produção, que incluem o valor dos grãos utilizados na alimentação dos animais, também serão determinantes para o comportamento dos preços nos próximos meses.
A indústria de proteína animal acompanha de perto os movimentos do mercado internacional, sobretudo com a oscilação das exportações. A demanda asiática, especialmente da China, continua sendo um dos pilares da valorização da carne bovina brasileira, e sua manutenção é crucial para garantir a rentabilidade do setor.